08/04/2016

"Panama Papers" - AS NOVAS FORMAS DE GUERRA DIGITAL

Aristegui Noticias
Gigantesca filtración de registros financieros ‘offshore’ expone red global de crimen y corrupción http://bit.ly/1X9tVBN
O vídeo acima representa o padrão de "conversa" vendida pelos media dominantes, no âmbito do que - começa já a perceber-se - é uma enorme campanha bem preparada e orquestrada a nível mundial.

Um tipo de conversa que fala muito, mas revela pouco da verdade profunda.
A não ser que descodifiquemos o discurso BEM MONTADO dos apresentadores.

O vídeo "esclarece" (sem esclarecer) a fonte dos milhões de papéis que foram entregues.

Diz a apresentadora mexicana: "A fonte entregou todos os documentos há mais de 1 ano ao jornal Süddeutsche Zeitung (SZ) e este jornal alemão entendeu fornecê-los à Associação Internacional de Jornalistas de Investigação  [NOTA: Esta ICIJ tem sede em Washington - que coincidência...], a qual os distribuiu por centenas de jornalistas de investigação em dezenas de países que os analisaram durante mais de 1 ano".

Portanto, temos aqui uma fonte - que a jornalista se "esqueceu" de informar ser anónima - mas tal foi revelado pelo próprio jornalista do SZ que recebeu os originais  - fonte que não se sabe minimamente quem é, apenas que resolveu entregá-los anonimamente a um jornal alemão de grande circulação.

As mesmas conclusões podemos tirar dum outro vídeo nos antípodas do planeta, duma TV australiana.

Veja-o clicando AQUI e compare a "conversa" com a utilizada pelas nossas televisões caseiras. Vai perceber como afinam todas pelo mesmo diapasão: "Uma grande investigação" que "mostra como os ricos fogem aos impostos e prejudicam os países", que mostra "como o sistema funciona" e por aí fora.

É curioso que pessoas como eu andem há vários anos a denunciar e desmontar este sistema de assalto estratosférico aos países mais vulneráveis, e só agora estes "jornalistas de investigação" dos media dominantes o tenham descoberto, depois de lançada uma operação como esta, com todo o aspecto de jogada política e económica em larga escala, visando justamente esvaziar as denúncias dos verdadeiros ativistas sociais, e mostrando uma pequena parte do sistema para salvar o restante.

Uma primeira constatação: durante mais de 1 ano, dezenas de jornalistas em todo o mundo conseguiram não "vazar" para o exterior nenhuma das importantes informações que tinham. Num mundo onde qualquer informação de interesse que chegue aos jornais é logo explorada desde que venda papel, cabe perguntar, terá sido milagre?

Uma segunda: trata-se duma associação de jornalistas com sede em Washington. Ora, sabendo-se o tipo de (grandes) interesses económicos que dominam os media norte-americanos principais, podemos imaginar a "independência " destes jornalistas. 

Uma terceira: há uma preocupação da parte dos media "oficiais" (incluindo os vídeos acima) de sublinharem  a "credibilidade" dos dados e lhes darem uma exagerada importância, usando termos como "histórico", "nada será como antes", etc.

Em contraste, um outro vídeo - este em gravação dum jornalista freelancer norte-americano, Luke Rudkowski, conhecido pelas suas posições anti-establishment, embora de direita - revela muita coisa por detrás da cena do suposto "grande acontecimento" da publicação destes dados:


Cito textualmente, da gravação:

"Estes são novos instrumentos duma guerra de propaganda digital (...) sabendo-se como os Serviços de Informação norte americanos e ocidentais a executam mesmo à frente dos nossos olhos.

Estamos a viver num novo mundo, numa nova guerra que se trava por meios digitais. Há uma quantidade enorme de desinformação. Há toda uma informação despejada em cima de si e que você precisa de saber quem organiza, quem financia e que impressões digitais estão nela, mas sobretudo, quem beneficia com a maior operação da história do jornalismo.

E todos os dedos apontam para que não apenas beneficiam, não apenas orquestram, não apenas financiam e coordenam tudo isto, mas para [o facto de] os Serviços de Informação americanos e ocidentais e os respectivos líderes de topo estarem a usar [esta campanha] para destruir adversários mais fracos". 


E da sinopse no vídeo do You Tube:

"As impressões digitais [detetáveis] nestas fugas de informação mostram que quem ajudou a organizar e a conduzir a maior fuga de segredos da história do jornalismo foram a fundação Ford, a doação Carnegie, o fundo da família Rockefeller, a fundação W. K. Kellog e a fundação Open Society (Soros)."

Nota: O autor refere-se nomeadamente ao facto de que a associação de jornalistas (ICIJ) que coordena toda esta campanha do Panama Papers  é financiada pelas referidas instituições, assim como, segundo Rudkowski, a figura pública norte-americana de mais alto nível atingida por esta "investigação" ser...  a cantora Tina Turner! 

Rudkowski  refere ainda a estreita colaboração entre a fundação Rockefeller e a CIA em campanhas anteriores contra governos inconvenientes aos EUA.

Convincente, não?


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